Cinco décadas após o fim do colonialismo, o acesso à água potável continua sendo um desafio crítico em alguns bairros de Luanda.
Cazenga, Luanda – Enquanto Angola se prepara para celebrar 50 anos de independência em 11 de novembro, a luta por direitos básicos persiste para muitos cidadãos. No bairro Adriano Moreira, localizado no município do Cazenga, a comunidade enfrenta uma batalha diária pela água potável, um recurso essencial para a vida.
Apesar da presença de um tanque da Empresa Pública de Águas de Luanda (EPAL) na área, os moradores relatam dificuldades contínuas no acesso à água. A situação precária levanta questões sobre a eficácia da infraestrutura existente e a distribuição equitativa de recursos na capital angolana.
“Estamos cansadas de esperar. É inaceitável que, tantos anos após a independência, ainda tenhamos que lutar por algo tão essencial como a água”, desabafou uma residente local, expressando a frustração compartilhada por muitos em seu bairro. A falta de acesso confiável à água afeta diretamente a qualidade de vida, a saúde e o bem-estar das famílias, além de limitar o desenvolvimento socioeconômico da comunidade.
Diante dessa realidade, os moradores do Cazenga fazem um apelo urgente às autoridades competentes. A administradora municipal, Nádia Neto, e o Governador da Província de Luanda são instados a intervir e implementar soluções eficazes para este problema persistente. A comunidade espera acções concretas que garantam o acesso regular e equitativo à água potável, aliviando o sofrimento de centenas de famílias que enfrentam essa luta diária.
A celebração dos 50 anos de independência de Angola serve como um lembrete importante dos progressos alcançados, mas também destaca os desafios que ainda precisam ser superados. O acesso à água potável é um direito humano fundamental, e a garantia desse direito para todos os cidadãos deve ser uma prioridade contínua.
