Os moradores do antigo distrito urbano do Kalawenda no município do Cazenga, têm enfrentado nos últimos meses, uma severa crise de água potável que tem impactado profundamente suas vidas diárias.
A insatisfação foi manifestada esta quinta-feira,16, durante a jornada de campo do governador de Luanda, Luís Nunes ao referido município.
Ao falarem aos microfones da TV Maiombe, os residentes lamentaram por não haver água nas residências, mesmo tendo uma infraestrutura de canalização.
“A água aqui está muito difícil mesmo, há algum tempo tivemos que acarretar cada garrafa (bidões) de 20 litros ao preço de 200 kwanzas, mas agora estamos a comprar a 300 kwanzas, e isso tem dificultado muito as nossas vidas.
Anteriormente escorria água através dos canais hídricos, mas em algum momento a água foi cortada, os homens da EPAL, (Empresa Pública de Águas de Luanda) disseram-me que tínhamos que fazer o contrato, fizemos, no entanto até ao momento a água não voltou a verter”. Relata a residente, Laurinda Major.
Segundo os mesmos, a água potável que têm consumido ultimamente não está em boas condições. ” Estamos a beber água turva, e está situação está ficando insustentável, tendo em conta também o medo que temos pelas nossas saudades devido ao surto de cólera” destacaram.
Os referidos apelaram ainda ao Governador, Luís Nunes, que os ajude a melhorar esta situação que periga e dificulta as suas vidas.
Por sua vez, Luís Nunes, fez saber que já solicitou para esta semana uma reunião com o Ministro da Energia e Águas, Engenheiro João Borges, para falar sobre o assunto, que não será somente do Cazenga mas de toda província de Luanda.
Nunes, afirmou ainda que esta situação consta como uma das preocupações do governo provincial, e trabalhará para resolver o mais breve possível o problema. ” Nas localidades onde já há água têm que fazer as ligações domiciliares, de igual modo com as zonas que carecem do líquido, porém, isto irá depender do encontro que teremos com o ministro, contudo, isto é uma preocupação nossa, porque a água para nós e fundamental, é um dos produtos que é uma obrigação do estado fazer chegar à população e nós faremos de tudo para que isto aconteça o mais rápido possível”. Finalizou.
A crise da água no Kalawenda exige ação imediata e coordenada de todas as partes interessadas. Com a escassez de recursos hídricos se tornando cada vez mais crítica, a comunidade tem lutado para manter a higiene básica, a saúde e a continuidade das atividades econômicas.
