O cidadão angolano Francisco Malonda, residente na França, denunciou uma rede internacional de tráfico de crianças, que alegadamente tem como vítimas menores, inclusive de origem angolana. Malonda afirma que esses crimes estão ligados a esquemas de adoção abusiva, falsificação de relatórios sociais e uso indevido de processos legais franceses para separar crianças de suas famílias.
Helen Lombard, uma cidadã francesa com quase 20 anos de luta contra o sequestro de menores, corrobora as alegações, afirmando que crianças estão sendo sequestradas pelo sistema estatal francês. Ela descreve que juízes ilegais e tribunais clandestinos facilitam os sequestros. Lombard também critica a incoerência do sistema legal francês, onde maltratar um cão é crime penal, mas maltratar uma criança leva apenas a um tribunal civil, sem que as autoridades tomem medidas eficazes. Ela questiona por que um animal parece ter mais direitos do que um ser humano na França.
Segundo Malonda, as crianças sequestradas desaparecem sem deixar rastros e são submetidas a abusos, uso forçado de medicamentos e outras formas de violência. Ele descreve o modus operandi dos traficantes, que incluem rastreamento de telefones, vigilância, ameaças a pessoas próximas e o uso de agentes da polícia nacional para intimidar familiares, isolando completamente o indivíduo para sabotá-lo.
Lombard acrescenta que, diferentemente de alguns países da América Latina, onde os sequestradores são grupos individuais e anônimos, na Europa, a rede é formada pelo próprio governo para traficar seres humanos. Ela afirma que o objetivo principal desses sequestros é fragilizar as famílias e alimentar redes de pedofilia. Aqueles que tentam denunciar são perseguidos pelo sistema, silenciados, e por vezes colocados em prisões ou hospitais psiquiátricos, sendo tratados como loucos.
Malonda expressou a sua frustração com a falta de apoio das autoridades diplomáticas angolanas, afirmando ter feito dezenas de tentativas de contato com a embaixada e o consulado de Angola na França, sem sucesso.
Helen Lombard denunciou ainda um caso específico envolvendo a filha de 5 anos de Francisco Malonda, que teria sido estuprada por um senhor que se fez passar por pai de acolhimento.
As denúncias surgem em meio a um crescente debate público na França sobre o sistema de proteção de menores e a atuação dos serviços sociais. Os denunciantes apelam por uma investigação séria, imparcial e transparente por parte das autoridades competentes, tanto francesas quanto angolanas. Até o momento, nenhuma acusação foi oficialmente confirmada e as embaixadas envolvidas ainda não emitiram resposta.




 
                                    