O que estava para ser uma tradicional e simples greve por parte da classe dos taxistas, iniciada como protesto contra o aumento do gasóleo, rapidamente transformou-se em vandalismo, violência e mortes trágicas. A paralisação, promovida por associações e cooperativas da categoria e prevista para ocorrer entre os dias 28 e 30 do mês que finda, teve consequências devastadoras que mobilizaram autoridades locais e nacionais .
Segundo os dados divulgados pela Polícia Nacional, os confrontos provocaram 22 mortes, incluindo a de um agente das forças de segurança, e 197 pessoas ficaram feridas. Além disso, 1.214 cidadãos foram detidos em Luanda e nas províncias de Benguela, Huambo, Huíla e Icolo e Bengo.
Diversas ruas foram tomadas por barricadas, pneus incendiados e lixo espalhado, tornando o deslocamento praticamente impossível. Em bairros como Camama, Viana e Calemba 2, comerciantes fecharam as portas diante da insegurança e relatos de saques se multiplicaram.
A Polícia relatou ainda a destruição de: 45 estabelecimentos comerciais, 25 viaturas particulares, 20 autocarros públicos e 3 agências bancárias.
A Associação Nacional dos Taxistas de Angola (ANATA) repudiou os atos de vandalismo, afirmando que elementos infiltrados, sem vínculos com os taxistas, usaram a greve como oportunidade para promover o caos.
Durante três dias consecutivos , os angolanos enfrentaram momentos muito difíceis. O que começou como uma greve de taxistas virou um cenário de violência, com saques, destruição e mortes em várias partes do país. Os taxistas estavam a reclamar do aumento do preço do combustível, mas os protestos saíram do controle. A equipe da TV Maiombe continuará acompanhando os desdobramentos da situação nas ruas e os possíveis impactos políticos e sociais da crise.




 
                                    