Quinta-feira, Outubro 30, 2025
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Representante da diáspora angolana no Reino Unido critica governo e defende “revolução” no país

Luanda, AngolaKuaba Mabula, um representante legal da União da Diáspora Angolana e do NFAC, que reside no Reino Unido, está em Angola para apoiar iniciativas de jovens e organizações locais. Ele afirmou que o objetivo de sua visita e de sua caravana de 15 pessoas é contribuir para uma “revolução” em diversas áreas, como a cultural, filantrópica, de empoderamento financeiro e educacional. Mabula destacou a importância de libertar Angola das “garras colonialistas, neo-colonialistas e das garras dos capatazes”.

A caravana de Mabula inclui angolanos do Brasil, Reino Unido, Estados Unidos e Jamaica, que buscam se reconectar com a “Terra-mãe” e investir em vários setores do país. Ele enfatizou a necessidade de investir em escolas comunitárias, pois considera o sistema de educação angolano precário e “totalmente colonizado” pelo currículo português. Mabula defende que a mudança deve vir do próprio povo angolano, que não deve esperar por governantes ou oposição, mas sim fazer por si mesmo.

Críticas à governação de João Lourenço

Ao ser questionado sobre o governo do presidente João Lourenço, Mabula o classificou como “péssimo”. Ele descreveu a governação como “elitista”, “arrogante”, “prepotente” e de “imposição”. Segundo Mabula, o governo não visa elevar o angolano, mas sim a elite, amigos, europeus e americanos, colocando o angolano em “quinta, na décima posição”. Ele concluiu que o legado de João Lourenço é de “prepotência e arrogância”.

Mabula também criticou a falta de políticas do governo para a diáspora angolana, como as de integração, retorno ou investimento, e afirmou que as embaixadas angolanas, em vez de serem veículos de apoio, excluem os angolanos. Ele sugere que os governantes devem deixar de ser arrogantes e entender que seus cargos são para servir, não para benefício próprio.

Aparalisação de Luanda e o papel da polícia

Mabula se referiu à recente paralisação em Luanda como um “acontecimento histórico”. Ele disse que a manifestação mostrou o poder de locomoção do povo e que a paralisação da locomoção paralisa tudo. Ele elogiou os taxistas que abraçaram a causa, paralisando a sociedade angolana para mostrar aos governantes que eles não têm o “poder total do povo angolano”.

Em relação às mortes ocorridas durante a paralisação, Mabula expressou luto, chamando-as de “mortes bárbaras”. Ele criticou o comandante geral da polícia por justificar o disparo contra uma mulher por “legítima defesa”. Segundo Mabula, a polícia é “partidária” e foi criada para proteger os interesses dos “marimbondos”. Ele defende que a polícia deveria ser a protetora dos angolanos

Soluções e o futuro de Angola

Para Mabula, a juventude angolana deve forçar a mudança, pois o povo já acordou. Ele acredita que Angola precisa de uma “descolonização mental profunda”. Ele incentiva os angolanos a investirem no próprio país, por exemplo na agricultura, para se tornarem independentes. Como líder comunitário, ele abraça a responsabilidade de unir os angolanos na diáspora para apoiar causas em Angola. Ele também mencionou a NFAC, que, como “força paramilitar”, visa defender o povo africano e combater o racismo no mundo inteiro.

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