A empresa Trans Maia, atuante no setor de transportes e logística, denuncia uma tentativa de usurpação de um terreno de 10 hectares por parte da administração municipal do Kilamba. O espaço, adquirido legalmente, seria destinado à construção de um Instituto Superior.
Segundo Flávio Kassua, representante da empresa, o projeto foi interrompido após a intervenção da administração municipal, à época sob a liderança da ex-administradora Loide António. Kassua afirma que os conflitos começaram quando o CEO da Trans Maia recusou ceder quatro hectares do terreno, conforme solicitado pela então gestora local.
Diante da situação, a empresa recorreu ao Governo Provincial de Luanda, onde, segundo Kassua, foi obrigada a pagar mais de 130 milhões de kwanzas para tentar regularizar a posse do espaço.
O advogado da empresa, Manuel Bebeca, acompanha o caso e garante que todos os processos legais estão em curso. Ele também expressa preocupação com os obstáculos enfrentados pela Trans Maia, que considera injustificados.
A equipe de reportagem teve acesso a documentos que indicam inconsistências nos registros de posse e uso do terreno. Os dados levantam dúvidas sobre a legalidade da ocupação atual e reforçam os argumentos da empresa.
Visivelmente desgastado, Flávio Kassua lamenta estar envolvido no processo desde 2024, sem uma resolução definitiva. Em sua declaração final, faz um apelo ao governador da Província de Luanda, solicitando que intervenha no caso e contribua para o esclarecimento dos fatos.
O terreno de 10 hectares, adquirido pela Trans Maia, permanece como alvo de litígio com a administração municipal do Kilamba, colocando em risco um projeto educacional que poderia beneficiar centenas de jovens da região.
