O novo presidente da Assembleia Nacional, Adão de Almeida, afirmou que a conclusão do pacote autárquico será uma prioridade do seu mandato. A promessa, no entanto, já desperta controvérsia: sectores da sociedade questionam se o compromisso será realmente cumprido ou se trata-se apenas de mais um discurso político sem resultados concretos.
Adão de Almeida, também defendeu o reforço institucional do parlamento, afirmando que o futuro da democracia angolana deve ser ajustado às necessidades do país. Críticos, porém, lembram que o parlamento tem sido acusado de se afastar das preocupações reais dos cidadãos, funcionando mais como um espaço de disputas partidárias do que como uma casa do povo.
Entre as suas bandeiras, o presidente destacou a transparência, o diálogo político e a aproximação do parlamento aos cidadãos. Mas analistas apontam que, na prática, a transparência parlamentar continua limitada, com pouca divulgação de informações sobre processos legislativos e decisões que afetam diretamente a vida dos angolanos.
A polêmica em torno das autarquias não é nova: muitos cidadãos veem a demora na sua implementação como um sinal de resistência política à descentralização do poder. Assim, a promessa de Adão de Almeida pode ser interpretada tanto como um avanço democrático quanto como uma tentativa de ganhar tempo diante da crescente pressão social.
