A Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) enfrenta uma das suas maiores crises internas desde o último congresso, com crescentes pressões para a destituição do seu presidente, Nimi a Simbi. Os Militantes e membros do Comité Central acusam o líder de paralisar os órgãos diretivos do partido e ameaçam avançar com um processo de destituição caso não sejam convocadas reuniões periódicas até 20 de novembro .
A tensão ganhou força após a interrupção abrupta da reunião do Bureau Político, iniciada a 26 de setembro, sem qualquer deliberação conclusiva. Tristão Ernesto, antigo candidato à presidência do partido, lidera o movimento de contestação e afirma que “a soberania do partido reside nos seus militantes, e não na vontade isolada do presidente”.
Entre as principais queixas estão:
* A ausência de reuniões periódicas do Bureau Político e do Comité Central;
* A falta de prestação de contas sobre a gestão partidária;
* A alegada violação dos estatutos internos da FNLA.
Suzana Massukila, também membro do Comité Central, reforça que a atual liderança “não tem demonstrado competência política nem respeito pelos princípios democráticos do partido”.
Caso Nimi a nSimbi não convoque os órgãos até o prazo estipulado, os militantes prometem recolher assinaturas para forçar a sua destituição, conforme previsto nos estatutos da FNLA. A medida poderá abrir caminho para uma nova liderança e uma possível reestruturação interna.
A direção do partido ainda não se pronunciou oficialmente sobre as exigências.
Fonte: Angola24Horas, Rádio Nacional de Angola .
