A mina da Endiama, outrora um símbolo de prosperidade, enfrenta agora uma profunda crise que tem deixado centenas de trabalhadores em uma situação desesperadora. Miguel Cinto, primeiro secretário da condição sindical da Sociedade Minerais do Lunhinga, descreve um cenário de incertezas e dificuldades que se arrasta há meses.
O problema salarial é o cerne da questão. Segundo Cinto, sucessivas suspensões de trabalhadores agravaram a situação: primeiro 102, depois 187, e mais recentemente, 45 funcionários foram afastados. A promessa de pagamento dos salários em atraso raramente se concretiza, e a angústia dos trabalhadores é palpável.
“Eles disseram que nós vamos aceitar a suspensão, mas… …tem os salários em atraso, eles deram que depois mesmo não vamos sair”, relata Cinto, capturando a frustração e a resistência dos trabalhadores. Manifestações e apelos à administração da Indiama têm sido constantes, mas as respostas são vagas e evasivas.
A situação na mina é precária. Trabalhadores se sentem presos, sem meios para sustentar suas famílias. A incerteza paira sobre o futuro, com a possibilidade de novas suspensões ou mesmo indenizações incertas.
A direção da Endiama justifica as suspensões com base em dificuldades econômico-financeiras, amparando-se na lei geral do trabalho. No entanto, a falta de um plano claro para resolver a crise e a aparente falta de empatia da gestão da mina revoltam os trabalhadores.
“Quem faz essas leis injustas Deus”, desabafa um trabalhador, em um misto de indignação e resignação.
Enquanto isso, a TV Maiombe, tentou obter um depoimento atráves do Diretor operacional Pascoal Capenda, este negou de comentar sobre o assunto que tira sono de vários funcionários suspensos. A crise na mina da Indiama permanece sem solução, com trabalhadores e suas famílias sofrendo as consequências de uma situação que parece interminável.
