Luanda, Angola — Alexandre Sebastião André, conhecido como ASA, ex-membro e presidente da Aliança Patriótica (PADA), um partido político angolano, jurista e militar, discutiu publicamente a decisão do seu partido de se afastar da Convergência Ampla de Salvação de Angola (CASA-CE).
A decisão, tomada pelo órgão deliberativo do PADA, foi baseada em uma série de factores, incluindo divergências de procedimento e a falta de autonomia dos partidos membros da coligação.
Segundo André, a CASA-CE, como uma coligação eleitoral, não era eterna e passou por transformações. O principal motivo do afastamento, segundo ele, não era ideológico, mas sim de “actuação material do procedimento”. Ele notou um “comportamento excessivo” do então coordenador, o Dr. Abel Chivukuvuku, que priorizava seus próprios “coligionários” em detrimento dos líderes e membros dos partidos políticos que compunham a coligação.

Outro factor importante foi a pretensão de transformar a coligação em um partido político. Essa intenção gerou resistência entre os partidos políticos que eram os alicerces da coligação, o que os levou a oferecer resistência e a expressar suas opiniões contrárias.
André também apontou que a coligação não era composta por partidos fortes de forma homogênea, com alguns sendo activos e outros considerados “amorfos”. Ele defendeu que cada partido deveria ter autonomia para se desenvolver, buscar seu próprio eleitorado e disseminar seu nome, para que no futuro pudessem, talvez, se reunir novamente em uma coligação, se fosse a vontade de cada um.
Sobre a queda da CASA-CE de 16 para zero deputados após a saída de Abel Chivukuvuku, Alexandre André refutou a ideia de que a coligação era de propriedade de Chivukuvuku. Ele atribuiu a queda a uma “decisão política” e não aos resultados reais da vontade dos eleitores nas urnas. André argumentou que a Comissão Nacional Eleitoral em Angola não é verdadeiramente independente, o que influencia os resultados eleitorais. A experiência na coligação foi um “aprendizado” para o PADDA, que agora busca desenvolver sua própria força política para o futuro.




