A Rádio Televisão de Portugal (RTP) manifestou veemente crítica nesta quinta-feira, 15 de maio, face à expulsão de sua equipa de reportagem do Palácio Presidencial em Angola. O incidente ocorreu durante a cobertura de um encontro significativo entre o Presidente angolano, João Lourenço, e o líder da UNITA, Adalberto Costa Júnior, no dia anterior. A emissora pública portuguesa classificou a acção como um “grave atentado à liberdade de imprensa”.
De acordo com o relato da RTP, seus jornalistas foram retirados da sala de imprensa de maneira arbitrária e discriminatória, contrastando com a permanência de outros profissionais de comunicação no local. Adicionalmente, a RTP denunciou sua exclusão do grupo de WhatsApp do Centro de Imprensa da Presidência, um canal crucial para a disseminação da agenda institucional.
A reação ao ocorrido reverberou entre as entidades representativas da classe jornalística. Tanto a União dos Jornalistas Angolanos quanto o Sindicato dos Jornalistas Portugueses expressaram seu profundo repúdio ao episódio, salientando que tal ação configura uma tentativa de cerceamento da liberdade de expressão no território angolano. Paralelamente, organizações internacionais dedicadas à defesa da imprensa instaram o governo de Angola a emitir um posicionamento oficial sobre o caso.
Até o presente momento, a Presidência de João Lourenço não se pronunciou publicamente acerca do incidente.




 
                                    