Vários jornalistas foram detidos pela polícia angolana enquanto exerciam sua função de reportar um protesto. O incidente ocorreu por volta das 10h30, quando os jornalistas tentavam dialogar com o comandante da polícia no local, mas foram ignorados.
Os jornalistas relatam que, apesar de se identificarem e apresentarem a documentação necessária, foram detidos e levados para a URP , onde permaneceram por cerca de 5 horas. Durante a detenção, denunciam ter sido maltratados e impedidos de comunicar com o exterior.
Os profissionais da imprensa expressaram indignação com a atitude da polícia, classificando-a como “não republicana” e acusando-a de não cumprir a lei. O jornalista e Director da Tv Maiombe, Jubileu Panda, questionou a falta de conhecimento da lei por parte dos agentes da polícia, afirmando que a Constituição angolana garante o direito de protesto.
O jornalista do jornal o Secreto Dionísio António criticou aprovação de carteiras profissionais pelo governo, questionando a falta de respeito da polícia por esse documento. Além disso, denunciaram ameaças por parte de um agente do SIC.
Após cerca de cinco horas de detenção, o porta-voz da polícia Nestor Goubel encontrou-se com os jornalistas e alegou que a detenção ocorreu devido a um mal-entendido sobre a cobertura da manifestação.
Os jornalistas reafirmaram que estavam apenas a realizar o seu trabalho de reportar a manifestação, onde os participantes reivindicavam melhores condições nas escolas públicas.
O incidente levanta sérias preocupações sobre a liberdade de imprensa e o respeito pelos direitos dos jornalistas em Angola




