O líder do Partido Cidadania Júlio Bessa, apelou a participação da sociedade para que se encontre solução face a crise generalizada no país, segundo ele, exige a participação coordenada de todos, mais diálogo, mais humildade e menos competição. Júlio Bessa ainda sublinhou a necessidade de mudar o paradigma, passando o cidadão ao serviço do Estado para o Estado ao serviço do cidadão. objetivo é unir Angola na paz social definitiva e despartidarizar o Estado para estabilizar a vida do cidadão. O país, afirmou, tem recursos suficientes e o partido sabe como fazer a mudança.
Bessa exortou ao executivo de João Lourenço, a libertação imediata de activistas e líderes de associações de taxistas que, segundo o líder do CIDADANIA, foram presos à margem da lei por terem exercido direitos fundamentais constitucionalmente protegidos, como o direito à associação, à greve, à liberdade de expressão, de reunião e de manifestação.
Júlio Bessa reiterou que na Angola Independente não pode haver presos políticos ou de consciência , práticas que os nacionalistas angolanos erradicaram ao vencer o fascismo português. O líder político apelou diretamente ao Presidente da República, no espírito da reafirmação do compromisso com os valores da pátria e da defesa da constituição e da legalidade, que ordene a soltura desses cidadãos, descritos como pacatos, dignos e chefes de família que, desarmados, apenas combatem as políticas do governo.
Questionado sobre o seu histórico no MPLA, o líder afirmou que todos vêm de algum lugar, e que o Partido Cidadania congrega pessoas vindas da UNITA, do MPLA incluindo ele próprio, que saiu da direção do partido estado e jovens que nunca militaram em partidos. Declarou ter saído do MPLA de acordo com os seus estatutos e estar “livre de qualquer tipo de responsabilidade” em relação a essa questão.
O Bessa relatou ter percorrido mais de 140 municípios do país, além dos dois períodos como governador do Kuando Kubango, para conhecer “intimamente” Angola Profunda, em busca da verdade e da realidade, antes de lançar o desafio de tentar mudar o país. Esta jornada o convenceu de que Angola merecia uma “nova chance”, uma “Terceira Via” que não fosse a “rixa entre os ex-movimentos da libertação nacional”.
O CIDADANIA concluiu a sua primeira fase, que incluiu a legalização e a realização da Convenção Nacional em 8 de março de 2025, elegendo a sua direção e vendo os seus documentos validados pelo Tribunal Constitucional. A segunda fase, até dezembro de 2026, focará na implantação física e lançamento do partido por todo o país, começando com a inauguração da sede em Luanda e, subsequentemente, nas restantes províncias.




