Quinta-feira, Outubro 30, 2025
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Luis de Castro, presidente do partido Liberal, defende ética e união na oposição angolana

O Presidente do Partido Liberal (PL), Luís de Castro, utilizou um encontro na sede do partido para abordar o posicionamento da força política no cenário angolano. Ele sublinhou que o Partido Liberal se apresenta como um partido de centro-direita, defendendo o liberalismo do ponto de vista da economia e o conservadorismo no que diz respeito aos costumes, ao abraçar uma série de valores.

Luís de Castro afirmou que o Partido Liberal não surgiu para dividir a oposição, mas sim “para somar e unir”, salientando que há um caminho a ser percorrido em conjunto. O presidente foi enfático ao defender que os posicionamentos políticos devem sempre ser feitos “abraçando a ética e a moral”.

Ele revelou que tem orientado os militantes a não “disferir ataques” a outros partidos políticos, sobretudo aos de oposição. De Castro frisou que o estatuto do PL não inclui um artigo que defenda serem “oposição à oposição”. Tais ataques e contra-ataques são, segundo ele, assuntos que em nada engrandecem a política angolana, devendo ser discutidos os “muitos temas e engremos” da política estadual.

Esclarecimento sobre Declarações do Vice-Presidente

Questionado sobre as declarações do vice-presidente do partido, que teria instigado jovens a agirem e ofenderem em resposta a ataques, Luís de Castro garantiu que essa questão será tratada em “fórum próprio”, a nível interno do partido. Contudo, aproveitou a ocasião para estabelecer a postura oficial:

  • Não Calar, mas Responder com Civismo: “Não calar não significa necessariamente responder à medida dos ataques”. É preciso dar uma “resposta cívica” aos ataques.
  • Sem Ofensas Pessoais: A resposta deve ser dada sem ataques e sem ofensas, sem atingir a “nódoa” ou colocar em causa a boa imagem de dirigentes de outras forças políticas.

Foco em Problemas Nacionais e Implantação do Partido

O líder do PL criticou a dedicação a ataques nas redes sociais, que classificou como “desconsideráveis”, argumentando que existem temas mais importantes, como o alto índice de desemprego juvenil. De Castro defendeu que as forças do partido devem se concentrar em “alavancar a economia angolana” e “devolver o sonho ao povo angolano”, e não em disputas com outros partidos da oposição. Ele ainda alertou que o ataque entre partidos da oposição apenas beneficia o “maior partido que sustenta o governo”.

Luís de Castro enfatizou que o Partido Liberal é mais do que uma força política; é um “amplo movimento cívico e moral”. Ele invocou a responsabilidade da juventude para “construir os próximos 50 anos de país” e mudar o status quo através de uma política diferenciada e baseada em valores.

Sobre uma possível coligação com a UNITA, o presidente indicou que esta é uma discussão para o futuro. No momento, o foco do Partido Liberal, anotado há apenas 8 meses (em 29 de janeiro), é a implantação e municipalização da estrutura do partido nas 21 províncias, municípios e comunas.

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