Os moradores do Bairro Malanginho, no município de Kilamba Kiaxi , em Luanda, vivem em condições precárias, enfrentando a falta de serviços básicos como água potável, energia elétrica e saneamento básico. Segundo os moradores, a administração municipal nunca visitou o local. A situação é agravada pela chuva, que causa alagamentos e danos estruturais nas casas. Bairro vive sem serviços essenciais, com ruas alagadas e lixo acumulado, afetando saúde e educação das crianças.
A infraestrutura do bairro é o foco das queixas. A falta de energia elétrica fixa é um problema constante, obrigando os moradores a dependerem de pré-pagos em outro lado (Maianga). A falta de água é crítica, forçando as famílias a buscarem o recurso em outra zona (Maianga/Balumuca).
A falta de saneamento básico e o acúmulo de lixo contribuem para problemas de saúde, com relatos de doenças causadas por mosquitos e lixo. Mesmo quando a limpeza é feita, pessoas vêm depositar lixo novamente. O lixo acumulado é um risco, com crianças brincando no meio dele. A chuva enche o beco e as valas, inundando as ruas e até entrando nas casas.
Os moradores também apontam o aumento da criminalidade e prostituição e a dificuldade de locomoção, mencionando que “ninguém passa” por causa da água.
A falta de trabalho fixo e as baixas remunerações (como 25 mil Kz) dificultam a sobrevivência, tornando impossível pagar aluguel em outro lugar e, principalmente, a educação das crianças. A maioria das crianças não estuda porque as escolas são privadas e as propinas são caras.
Em um dos relatos, uma moradora, que se identificou como Miracel Magomes e mora no bairro desde 2019, implora pela intervenção da administração: “Nós só queremos que o administrador do Guilamba que ache, tenha que fazer qualquer coisa nessa situação”. Outro morador fez um apelo direto: “O administrador passa a andar mesmo no bairro do Mar Malangino. Porque esse bairro não está bom. Você está no teu cabinete, está sentado, mas o que está a se passar aqui no bairro? O siano não sabe”.
Os moradores pedem uma solução urgente, expressando que estão a “sofrer” e precisam de “água, luz toda” e “energia em condições”.
