O Presidente do Partido Liberal (PL), Luís de Castro, fez um apelo veemente à “libertação” da polícia angolana, argumentando que muitos dos agentes estão aprisionados dentro do próprio sistema, forçados a cumprir ordens que, por vezes, ferem os cidadãos em nome da subsistência. A declaração foi tornada pública num texto divulgado pelo partido.
De Castro sublinha que a polícia, enquanto instituição republicana e ao serviço da nação, não pode continuar a ser um instrumento de repressão. Pelo contrário, defende que a sua função primordial deve ser a proteção de todos os cidadãos, em vez de salvaguardar os privilégios de uma elite governante.
“Precisamos libertar a polícia, muitos dos que hoje usam a farda também estão aprisionados”, afirmou o líder do PL. Ele destacou a difícil situação dos agentes, que, à semelhança do cidadão angolano comum, também enfrentam a miséria, a desigualdade e o abandono. No entanto, ressalva De Castro, a sua condição é agravada pela obrigação de cumprir ordens que não escolhem, visando proteger os interesses de titulares de departamentos ministeriais que, segundo ele, estão “embriagados pelas regalias sustentadas pelos nossos impostos”.
O Presidente do Partido Liberal enfatiza que “chegou o momento” de trazer a polícia de volta para o lado do povo. O objetivo é que a farda policial volte a simbolizar proteção, e não repressão. De Castro conclui com a esperança de que os agentes deixem de ser instrumentos do medo e se tornem verdadeiros construtores da paz e da justiça em Angola.




 
                                    