João Lourenço, que se encontra desde o dia 1 de Setembro em tratamento médico no Dubai, declinou uma recomendação médica que sugeria uma intervenção cirúrgica devido à condição de saúde que apresenta.
Insatisfeito com o parecer, decidiu viajar para Espanha, aparentemente em busca de uma segunda opinião de outros especialistas pelo que o assunto mantem-se ainda em alto sigilo.
Segundo observações do Club-K, a Espanha tem sido um dos países onde João Lourenço realiza tratamentos médicos, similar ao que fazia o seu antecessor, José Eduardo dos Santos, que se tratava em Barcelona. Fontes indicam que a equipe médica de Lourenço, liderada pelo médico angolano Vasco da Silva, e que fala espanhol cubano, prefere a interação com médicos espanhóis devido à facilidade de comunicação.
A necessidade de atenção médica emergiu após João Lourenço ter participado de uma reunião com militantes do MPLA, durante a qual criticou publicamente o histórico Paulo Julião “Dino Matross” por ser defensor pela realização de um congresso partidário com múltiplas candidaturas.
Diante dos ataques a Dino Matross, dois veteranos nacionalistas, André Pitra “Petroff” e Ismael Martins, solicitaram uma audiência com o Presidente. Os mesmos propuseram que o encontro ocorresse na sede do MPLA e sem anúncio oficial nos meios de comunicação.
A reunião aconteceu no dia 29 de agosto, dois dias antes da partida de Lourenço para o Dubai. No entanto, devido à urgência da situação, o Presidente não conseguiu atender ao pedido de realizar o encontro na sede do partido, optando por receber os veteranos no Palácio Presidencial. Lourenço, no entanto, respeitou o desejo de manter o encontro sem cobertura midiática e sem divulgar o conteúdo da conversa.
Dois dias após essa audiência, João Lourenço viajou de emergência. Curiosamente, apesar de ser o Presidente quem necessita de cuidados médicos, uma campanha difamatória contra Dino Matross começou a circular nas redes sociais. O conteúdo desses textos sugere que Fernando da Piedade Dias dos Santos, “Nandó”, aspirante à liderança do MPLA, seria quem enfrenta problemas de saúde, o que supostamente o impediria de ocupar o cargo mais alto da nação angolana.