Luanda, Angola – As “lutas de richas”, conhecidas como luta do Oboa, têm causado um aumento da violência e insegurança em Luanda, afetando a vida de muitos e perturbando a tranquilidade das comunidades. Moradores relatam que as rixas frequentemente bloqueiam ruas, e jovens, além de usarem armas brancas, paus e objetos cortantes, agora também utilizam armas de fogo, aumentando a instabilidade.
Comércios locais são forçados a fechar durante as rixas, devido a furtos e roubos. Em resposta a essa crescente onda de violência, foi criado o projeto STOP RIXA, com o objectivo de apoiar o Comando Geral da Polícia e o Comando Provincial de Luanda através de acções de sensibilização.
O projecto busca desincentivar a criminalidade e promover o interesse pelas artes entre os jovens. Após um primeiro ciclo de actividades com resultados positivos, o projeto STOP RIXA retoma suas acções em um segundo ciclo, graças à abertura do Comandante Provincial, Comandante Lito, em trabalhar com organizações juvenis na luta contra a criminalidade.
Este novo ciclo incluirá palestras comunitárias com a participação de psicólogos, teólogos, sociólogos, criminalistas e especialistas em policiamento de proximidade. Além disso, serão lançadas salas de formação profissional intensiva em cada município para preparar os jovens para o mercado de trabalho, e um campeonato provincial STOP RIXA para promover o talento no desporto, juntamente com atividades de sensibilização em mercados, ruas e eventos musicais, com o objetivo de transmitir a mensagem de que o crime não compensa.
O responsável do projeto Chilola de Almeida, faz um apelo à sociedade, ao setor empresarial, às organizações juvenis e às coordenações de bairro para unirem forças e garantirem o sucesso deste segundo ciclo. A intenção é transformar a vida de pelo menos cem jovens em cada município, oferecendo formação, ferramentas para o mercado de trabalho e incentivando a expressão artística através do teatro comunitário e da música.




