Cerca de 25 pessoas foram assassinadas, entre 29 e 30 de julho, e outras 192 feriadas com armas de fogo, e também objectos contundentes em protestos pós-eleitorais, confirmadas nesta segunda-feira, pelo procurador-geral da Venezuela, Tarek Saab.
O procurador-geral da Venezuela, Tarek Saad, falava durante uma sessão do Conselho de Defesa e do Conselho de Estado, na qual participou o Presidente Nicolás Maduro, o alto comando militar e vários integrantes do Governo daquele país.
Após as eleições presidenciais de 28 de Julho, as mortes registaram-se durante as manifestações violentas e, em que o Chefe de Estado venezuelano foi reeleito para um terceiro mandato de seis anos, cujos resultados foram rejeitados pela oposição e parte da comunidade internacional.
Tarek Saab explicou, igualmente, que “o maior número de mortes ocorreu na área metropolitana de Caracas e em Arágua (7 em cada região), mas que também houve mortes nos estados de Bolívar, Yaracuy, Nueva Esparta, Miranda, Táchira e Zúlia.
O responsável alegou, ainda, que 68% dos homicídios aconteceram no período nocturno, apontando ataques a instituições educativas, sedes regionais do Conselho Nacional Eleitoral, do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV, o partido de Governo), câmaras municipais, infra-estruturas de transportes e esquadras e viaturas policiais e das forças de segurança, além de unidades de saúde, uma estação de rádio e 27 estátuas, entre elas do herói da independência Simón Bolívar e do falecido presidente Hugo Chávez (1999-2013).
A oposição venezuelana e diversos países da comunidade internacional denunciaram uma fraude eleitoral e exigiram que fossem apresentadas as actas de votação para uma verificação independente, o que o CNE diz ser inviável devido a um “ciberataque” de que alegadamente foi alvo, avançou a Lusa.
