O Partido Cidadania manifestou a sua preocupação com o agravamento da crise de governação em Angola, o aprofundamento do conflito entre o povo e o regime do Partido Estado, e apelou a uma maior participação cívica na vida política do país. Em declaração pública, o partido denunciou a captura do Estado e das suas instituições, a subversão da Constituição e a alegada insensibilidade do governo face ao sofrimento do povo angolano.
O Cidadania identificou o conflito principal em Angola como sendo entre o Partido-Estado, que acusa de subverter a democracia e a soberania popular, e o povo angolano, que é o verdadeiro detentor da soberania. O partido criticou ainda as propostas legislativas recentes que visam alterar as regras eleitorais, considerando-as um atentado à soberania do povo angolano.
Perante este cenário, o Cidadania defende a necessidade de um novo pacto constituinte, resultante de um diálogo abrangente e consensual, para fundar um novo Estado e construir uma nova Angola. O partido encoraja O povo a lutar politicamente para pôr fim ao regime do Partido Estado e recorda que o Presidente da República não tem competências eleitorais para além da convocação de eleições.
O Cidadania apela aos Deputados para que expressem a vontade soberana do povo e defende um governo-cidadão, que coloque o cidadão e o país acima dos interesses partidários. O partido propõe-se a trabalhar com todas as forças patrióticas para defender a democracia, os direitos fundamentais e a estabilidade do país, e promete apresentar oportunamente a sua proposta de “governo-cidadão”.
